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"Despresidenciais"

20.07.15

Os principais partidos políticos  querem evitar fissuras por causa das presidenciais. Mas, a última semana mostrou que há contágio entre as duas eleições.

Sondagens, anúncio de candidaturas, declaraçãoes de proto-candidadtos, pré-campanha dos candidatos assumidos, noticias, comentário nos principais meios de comunicação social....
As presidenciais estão a contaminar as legislativas.
Em particular os líderes do PS e PSD têm-se mostrado avessos a qualquer pronunciamento. No entanto, estão a ficar condicionados. De tal modo que, por exemplo, o PSD tenta justificar os comentários macios de Marcelo R Sousa em relação a António Costa como uma estratégia para melhor se afirmar na corrida presidencial (ver noticia no Expresso).
Por outro lado, sucedem-se os recados a tentar condicionar António Costa: que o PS vai dar em breve o apoio a Sampaio da Nóvoa, que o presidente do PS teve um encontro com o candidato presidencial e Carlos César e António Costa têm visões diferentes sobre o tema.

Já não há descontaminação possível.

 

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publicado às 22:13

Emprego

19.07.15

PS e coligação entraram na guerra dos números sobre o emprego. Trivialidades. O que surpreende é que só agora o tema tenha entrado na contenda pré-eleitoral.

Há vários anos que o desemprego é a principal preocupação dos portugueses.
A última sondagem da Intercampus reforça, de modo muito destacado, o que preocupa os eleitores.

ps_outdoor_emprego_2015.jpgO PS, com António José Seguro, fez do tema uma bandeira.

O PS de António Costa andou com uma agenda errante e só no final da Convenção é que fez do emprego a prioridade das prioridades.
Mas não tem pegado no tema. Só de forma episódica e a comunicação política só funciona com repetição.

banner-2-desktop.jpgDe certa forma, deixou espaço à coligação para tirar partido do tema que é central na vida dos portugueses e, como tal, na decisão do voto.

O outdoor foi hoje colocado em vários pontos e a mensagem já está em destaque no site da coligação.

A gestão do tema vai ser decisiva para as duas forças politicas. A coligação fez um primeiro ensaio. O PS reagiu mas não teve impacto. Na entrevista na SIC Passos Coelho retomou o tema e o líder do PS contrapõe: "Costa acusa Passos de enganar os portugueses".

Finalmente estamos a entrar nos temas vitais.

 

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publicado às 15:57

Confiança - credibilidade

19.07.15

A palavra confiança marca esta fase de pré-campanha. Cartazes, discursos e acusações tentam introduzir no eleitorado a ideia: "não confies no meu adversário".

O tema da confiança começou com a coligação a tentar assustar os portugueses sobre as propostas do PS. Não são confiáveis, podem ser um retrocesso... Paulo Portas não se cansa de o repetir.
De certa forma, esta acusação teve efeito porque levou o PS a assumir uma postura defensiva. Não se cansa de colocar em cartazes, outdoors e até nos cenários onde está António Costa, as palavras confiança e rigor.
Esta postura defensiva teve, no entanto, uma viragem.
A sondagem da Católica e a entrevista na SIC onde Passos Coelho foi questionado sobre a percepção pública de mentir, transformaram-se numa oportunidade para o PS passar à ofensiva. A mensagem do líder do PS na última semana não deixa de projectar esta ideia: Costa acusa Passos de ter um vício: julgar que “é possível enganar toda a gente o tempo todo” (Expresso)

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publicado às 15:37

Defensivos

16.07.15

As entrevistas dos líderes do PS e do PSD revelam um comportamento defensivo. Jogam apenas na erosão. Assim, vai ser ainda menos motivador, o processo eleitoral e abrem a porta a casos mediáticos.

 

António Costa deu duas entrevistas nas televisões em sinal aberto e em prime-time. Sem notícia, dados novos. Na defensiva. Cauteloso. Um discurso moderado, pose institucional e posicionamento ao centro.

Pedro Passos Coelho foi uma cópia de António Costa. A única diferença foi o cenário. Em S. Bento, para marcar o estatuto.

Uma análise mais profunda, sobre o posicionamento dos dois partidos face aos principais problemas dos portugueses (a estratégia nacional e o condicionamento internacional) ajuda a perceber que não há diferenças assinaláveis entre as duas forças políticas.
No inicio do processo de ajustamento havia uma fronteira ideológica.
O PSD liberal, dinamizador de uma pretensa revolução do Estado (retirando o peso na sociedade) e a ideia de um país novo. Estas particularidades desapareceram. A aproximação foi feita também no discurso e no posicionamento. Exemplo: as bandeiras do PS são emprego e crescimento económico. As bandeiras do PSD são crescimento económico e justiça social/emprego.
Com um posicionamento idêntico (ao centro), com um eixo de campanha igual ("nós vamos tirar o país da austeridade a que o outro partido nos submeteu" ) com bandeiras parecidas e com uma postura igualmente moderada e defensiva, PS e PSD tornam-se o Dupont e Dupont (será Paulo Portas o elemento diferenciador?).
Se nos próximos meses os dois partidos caminharem lado a lado, como uma linha de caminho de ferro, abre-se uma oportunidade para outros ocuparem o território da novidade, da alternativa, da mudança, da surpresa. Tendo em conta os estudos de opinião, quem ocupar este espaço não vai ganhar as eleições. Nem pensar, o eleitorado prefere o previsivel. Mas pode ganhar relevo, espaço... e votos.

O que remete para uma outra questão. O PS tem dificuldades em superar os 37/38 pc. O PSD e o CDS, coligados, também revelam dificuldade de crescimento. Sobem, mas muito ligeiramente e o resultado final fica muito aquém do somatório dos dois partidos nas eleições anteriores. Se pouco fazem para alargarem a base eleitoral, fora do centrão, e podem deixar a outros o espaço mediático da mudança, estão a dificultar a sua capacidade de crescimento.
O receio de perderem o que têm impede de se aventurarem na conquista de mais eleitores. Estão confinados. Como o país.

 

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publicado às 15:11



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