Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Catarina Martins - Paulo Portas

08.09.15

1. Não se pode deixar Paulo Portas em roda livre. Nem o moderador nem o adversário político. Ele apropria-se da gestão do tempo.

2. Falar de desemprego com um sorriso mata a mensagem.

3. Ter uma imagem de combate, oposição forte e aparecer com ar doce, provoca efeito de estranheza.

4. Só ao fim de 22 minutos começar-se a falar dos problemas do dia a dia dos portugueses é anular uma oportunidade.

5. Falar continuamente 3 a 4 minutos perde eficácia. Afinal o que queria dizer? A economia da linguagem é essencial.

6. Não ser economista e sentir a necessidade de afirmar que se sabe do que se fala é secundário. O eleitor quer saber o que se compromete a fazer. O que os outros não fizeram bem. Só isso. Economês não é para debate.

7. A oposição perdeu a noção social do descontentamento. Falar de números, estatísticas, políticas macroenconomicas... esquece o eleitor que está desempregado. Que tem uma angústia. Esquece o reformado que teve uma expectativa de estabilidade para os últimos anos da sua vida e que nunca imaginou as privações por que passa. Pessoas. Casos. O drama de situações concretas. A vida das pessoas não as abstrações.

 audiência: 218.700 pessoas
Vídeo na SIC Notícias

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:24

tiro ao lado

08.09.15

Olho hoje para as primeiras páginas dos diários nacionais. Apenas um, o DN, tem em destaque uma notícia sobre a campanha eleitoral. O  I tem uma entrevista a João Cravinho que releva uma frase sobre o resultado das eleições.
Os restantes dão destaque a José Sócrates, futebol...e refugiados.
No mesmo dia arranca uma série de debates televisivos (Catarina Portas/Paulo Portas) e vários líderes partidários andam em campanha.
As televisões não fogem à regra. Pouco destaque nos principais blocos informativos.
Uma notícia do Público de hoje pergunta "Portugueses estão a ficar cansados das entrevistas aos líderes partidários?". O motivo da pergunta tem a ver com a audiometria revelar que as audiências televisivas das entrevistas aos dirigentes partidários têm vindo a baixar.
A flata de interesse revela que a campanha está a passar ao lado de muitos portugueses. Tenho mesmo dúvidas se as estruturas partidárias conseguem até estabelecer contacto com alguns dos eleitores tal a indiferença.

Pode haver razões específicas. Campanhas mal organizadas e delineadas. Mera comunicação política em vez de marketing eleitoral... Parece-me que o problema é mais complexo. A crise de 2011 provocou uma muralha entre os portugueses e a vida política.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:48

debater por debater

01.09.15

Catarina Martins/Jerónimo de Sousa.

Realizar debates sem justificação editorial dá nisto: "O debate da esquerda que não teve combate".
Pelo que relata Manuel Agostinho Magalhães, no jornal Sol,  "Trinta e cinco minutos depois do início do debate, o moderador procurou um tema em que os dois partidos pudessem expressar diferenças: a preparação da saída do euro." Nem assim conseguiu.
Vamos ver as audiências... (115 mil espectadores)
Do ponto de vista da comunicação política e da perspectiva editorial não era preferível entrevistas separadas?

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:58

Debates

01.09.15

Começa hoje a série de debates das Legislativas 2015.
Podem ser um "aditivo" para a comunicação política eleitoral numa altura onde os portugueses dão sinais de indiferença à campanha eleitoral.Ou os responsáveis políticos perderam o norte em termos de comunicação política.
É provável que sejam ambos. Os portugueses não querem saber da política e os políticos não sabem comunicar com os portugueses.

Ouvi vários noticiários durante a manhã. TSF e Ant1. O tema dos debates foi abordado mas era uma das últimas histórias do alinhamento. Com pouca informação. Apenas a noticia do debate BE/CDU. A TSF tinha ainda um spot promocional. Nada mais. Na imprensa pouco mais.
Alguns exemplos: o Observador diz que "Apenas um em cada oito portugueses assiste a debates políticos" e o Público refere que "Debates televisivos influenciam, mas podem ter atingido alguma “saturação”".

Os debates são importantes na estratégia de comunicação política. Podem mesmo ser decisivos. Num contexto de empate tecnico entre PS e PaF os debates entre Passos Coelho e António Costa podem ter grande relevância.
O líder do PS sabe dessa relevância e até participou num media training.
Acredito que Passos Coelho tenha ou venha a fazer o mesmo. A diferença é que não vai ser divulgado.
Esta relevância é partilhada num telex da Lusa que acredita que os debates podem superar as audiências em relação a confrontos televisivos anteriores.

Lista dos debates programados:
Catarina Martins e Jerónimo de Sousa        1 Set. (vídeo) RTP-Informação (115 mil espectadores)

Catarina Martins e Paulo Portas                  8 Set  (vídeo) SIC-Notícias. (218 mil espectadores)
Passos Coelho e António Costa                  9 Set. (vídeo) RTP/SIC/TVI (3,4 milhões espectadores)
Passos Coelho e Catarina Martins             11 Set. (vídeo) RTP-Informação (136 mil espectadores)
António Costa e Catarina Martins              14 Set.(vídeo) na TVI24 (208 mil espectadores)
António Costa e Jerónimo de Sousa         16 Set na SIC-Noticias
Passos Coelho e António Costa                17 Set. (video) Ant1/TSF/RR (1,272) milhões ouvintes)
Heloísa Apolónia e Paulo Portas                18 Set  (vídeo)          TVI24

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:53



Pesquisar

Pesquisar no Blog  



Arquivos

  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D