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Concorrência

14.08.15

A política é um jogo de soma zero. O que um ganha, perde o outro. É um mercado muito competitivo. O desleixo ou a má fortuna de uns pode ser a oportunidade de outros.

be_desemprego.jpgFoi o que fez o BE.
Perante os erros do PS e a visibilidade que o assunto teve a nível nacional, o Bloco aproveitou a oportunidade e colocou outdoors onde diz que dá a voz a "desempregados reais", a "gente de verdade que dá a cara".
O que o BE quer dizer é mais.
Não é apenas afirmar que são melhores criativos. Não. Pretendem lutar pelo eleitorado que pode votar no PS. No fundo querem dizer:"nós fazemos verdadeira oposição. De verdade. Não temos medo de dar a cara". Por outras palavras, se não queres a coligação, se queres uma verdadeira oposição, "gente de verdade", vota no BE.

Graficamente o cartaz está bem feito. É muito parecido com os do PS sobre o desemprego. Boas fotos, fortes, duras, expressivas. O preto e branco dá força ao rosto e ao texto. A única cor é a assinatura do BE. O contraponto do simbolismo do preto e branco.

 

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publicado às 15:44

Escrutinio permanente

13.08.15

Politicos e assesores: habituem-se. Estão agora a serem permanentemente escrutinados. O mais pequeno erro é a morte do artista. Nas redes sociais é o híper gozo. Não perdoam.

Esta campanha revela já uma realidade que vai permanecer. O poder da palavra, da influência, deixou de estar nas mãos de poucos. Massificou-se através das redes sociais.
Há muita gente à espreita. Observam, pesquisam, e comentam. Cada falha é mil vezes destacada. Pior: é puro gozo.
O que se tem passado é bem revelador. Antes dos media pegarem na história, ela já se propagou nas redes sociais.
O folhetim dos cartazes é o último exemplo. Os erros tornaram-se colossais! Quando os media pegaram nas histórias a narrativa já estava no fim.  Limitaram-se a dar eco.
Numa altura onde as duas maiores forças políticas apostam numa postura defensiva, cautelosa, os erros na comunicação política destruiram o efeito pretendido da mensagem.
Como dizia Roger Ailes "you are the message". Se a mensagem é errada ou foi distorcida, se não sabes comunicar, ningém quer ser teu amigo no Facebook!

- nem a propósito. ver texto "Está a causar grande polémica nas redes sociais…" de Paulo Ferreira no Observador

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publicado às 22:36

PS- está dificil acertar nos outdoors

06.08.15

O PS está a ter um sério problema com os outdoors. Na verdade, as polémicas geradas estão a provocar um efeito contrário ao pretendido.
Redes sociais, blogues, páginas de comentários...e posterior utilização pelos média tradicionais, estão a anular a comunicação política do PS.

Cronologia dos últimos cartazes:

cartaz_ps3.jpg
O PS desencadeou uma operação para combater a mensagem da coligação de que o governo está a atenuar significativamente o problema do desemprego (a maior preocuapção dos portugueses segundo as várias sondagens).
Graficamente os outdoors são interessantes. Preto e branco e boa foto. Uma pessoa, uma história, um caso. Problema dos cartazes:  um deles remete a história pessoal para o último governo... do PS. Segundo problema: colocam os figurantes ao lado de citações. Falso!
Redes sociais e media pegaram na história.

cartaz_ps2.jpgA polémica já tem rasto. A vaga anterior também não foi pacíifica e esteve na origem de várias notícias. Edson Athayde sai e não sai
A campanha dos outdoors foi ou não retirada por causa da qualidade de comunicação dos cartazes...
Pior, foi pretexto para gozação nas redes sociais.
Uma polémica que anulou significativamente o efeito pretendido.
O sol radiante surgiu pouco depois de uma mensagem que dava corpo à prioridade definida pelo PS: o emprego.

cartaz_ps1.jpgO que, do ponto de vista da narrativa é um pouco confuso. Por outras palavras, o que deveria ter sido feito primeiro era a difusão de uma mensagem negativa,  o último cartaz, das pessoas que estão no desemprego. O que está mal, o que preocupa os portugueses.
Na minha opinião esta vaga de cartazes já devia ter sido feita há mais tempo. Pouco depois da Convenção. Assinalar e colocar na agenda um dos temas negativos para a coligação. Assimilar. Desgastar.
Só depois se passaria para a mensagem positiva, a mudança. Nunca: "emprego", depois "Tempo de Confiança" e a seguir "desemprego". Não bate certo.

cartaz_ps0.jpgAntes da prioridade ao emprego o PS projectou o seu líder, tentando associar a ideia de confiança e rigor.
Tudo bem.
O cartaz é que podia ser muito melhor. Graficamente pobre e nem sequer era fácil de ler...

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publicado às 22:43



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